Estado emite mais de 350 documentos de identidade em Baião

Em dois dias, a Fundação ParáPaz atendeu, gratuitamente, moradores da sede municipal e de outras localidades

A emissão de carteira de identidade é um dos serviços mais procurados nas ações itinerantes realizadas pelo governo do Estado, por meio da Fundação ParáPaz. Em dois dias, mais de 350 documentos de identidade foram emitidos para moradores do município de Baião, no nordeste paraense. A ação de cidadania foi realizada no Instituto Imaculada Conceição, no centro da sede municipal, na quinta-feira (8), das 8 às 15 h, e nesta sexta-feira (09), das 8 às 13 h.

Alan Nogueira, 17 anos, chegou ao local acompanhado da mãe, Maria José Medeiros, 40 anos, portando um RG que havia conseguido aos 5 anos de idade. “Eu ainda não sabia escrever meu nome quando tirei essa e tá escrito ‘não alfabetizado’. Mas agora, que já sou alfabetizado e escrevo normalmente, acabava ficando com vergonha em alguns locais”, contou o estudante, que ficou surpreso ao saber que poderia registrar sua condição de cadeirante na nova carteira. “Não sabia dessa possibilidade e fiquei ainda mais satisfeito, porque outras pessoas nas mesmas condições também serão beneficiadas com essa mudança”, acrescentou. 

O novo modelo permite que a pessoa informe sua deficiência por meio de um dos símbolos na parte superior do documento. O papiloscopista Moacir Lima, que atendeu Alan, explicou que “para as pessoas que não possuem deficiência aparente é preciso que ela ou o acompanhante leve o laudo médico para comprovar a condição, que pode ser auditiva, por exemplo. A inserção desse símbolo já gera um alerta para o atendimento desse cidadão em outros lugares, sem que ele passe por algum constrangimento”, frisou Moacir Lima.

Outro serviço disponível gratuitamente foi o encaminhamento para retificação de certidão de nascimento, que muitas vezes possuem erros que acabam trazendo transtornos.

Sem custo - O funcionário público municipal Cássio Miranda, 26 anos, procurou auxílio na quinta-feira (8) para consertar o número do Cadastro da Pessoa Física (CPF) do filho. Ele foi atendido por servidores da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), e encaminhado ao cartório mais próximo. “Estava esperando uma oportunidade assim pra não ter que gastar dinheiro. Não precisei pagar nada por conta da gratuidade. Se não fosse isso, teria que gastar mais ou menos R$ 140,00 pela troca”, informou.

Quem também aprovou a Ação Cidadania em Baião foi a comerciante Adriana dos Santos, 44 anos, que aproveitou o movimento na sua lanchonete, que fica em frente ao local onde a ação foi realizada. “Eu vendo pastel, suco, bolo, mas não tinha clientela. Com o grande fluxo na escola consegui lucrar nesses dois dias, porque muita gente chega procurando por atendimento e para aqui pra fazer um lanche”, disse Adriana, que atendeu moradores de localidades vizinhas.

Por Nathalia Mota

Foto: Ana Paula Lima